As escolas interessadas em levar seus alunos para conhecerem o rico artesanato do Vale do Jequitinhonha podem agendar visitação pelo telefone (34) 3238-4803. Cumprindo o papel social e beneficiando as crianças, a Galeria Elizabeth Nasser abrirá seu espaço oportunizando a elas estudar e desenvolver atividades baseadas na exposição do Artesanato do Vale do Jequitinhonha e na região do norte de Minas. Também será disponibilizado palestras e vídeos sobre o tema.
A exposição, organizada pela curadora Elizabeth Nasser, é composta por 120 peças que destaca o tradicional artesanato de barro. As visitações podem ser agendadas de segunda a sexta, das 10h às 19h, com entrada franca. As peças expostas são de renomados artistas como Dona Isabel de Santana do Araçuaí, Ulisses Mendes de Itinga, Deusani de Campo Buriti, Amadeu e Mercia de Ponto de Volantes, Marcelo Brante de Diamantina e artesões de Minas Novas, entre outros.
A curadora, que realizou expedição ao Vale do Jequitinhonha junto com o crítico de arte e escritor Enock Sacramento, ressalta que “a expectativa é fazer com que a exposição desperte o desejo de conhecimento e o respeito pelo artesanato e seus artistas”.
O evento tem o patrocínio da Petrobrás, da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e do Ministério da Cultura e o apoio da Secretária de Estado Extraordinária para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas por meio do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene).
A Exposição do Artesanato do Vale do Jequitinhonha, que está sendo realizada na Galeria Elizabeth Nasser, localizada na Rua José Aiube, 360, no bairro Fundinho, pode ser visitada até o dia 18 de outubro, das 10h às 19h, de segunda a sexta-feira e das 10h às 14h aos sábados, com entrada franca
A exposição, organizada pela curadora Elizabeth Nasser é composta por 120 peças que destaca o tradicional e rico artesanato da região do norte de Minas Gerais e traz a cidade peças de renomados artistas como Dona Isabel de Santana do Araçuaí, Ulisses Mendes de Itinga, Deusani de Campo Buriti, Amadeu e Mercia de Ponto de Volantes, Marcelo Brante de Diamantina e artesões de Minas Novas, entre outros.
O evento conta com o patrocínio da Petrobras, Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e do Ministério da Cultura, e com o apoio da Secretária de Estado Extraordinária para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas por meio do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene).
Será aberta hoje, 19 de setembro, às 20h30, para convidados a Exposição do Artesanato do Vale do Jequitinhonha, na Galeria Elizabeth Nasser. A mostra apresenta o rico artesanato da região do norte de Minas Gerais que por mãos de habilidosos artesões como Dona Isabel de Santana do Araçuaí, Ulisses Mendes de Itinga, Deusani de Campo Buriti, Amadeu e Mercia de Ponto de Volantes, Marcelo Brant de Diamantina, entre outros, transformam o barro, a madeira, a palha e várias matérias-primas em arte.
No evento de abertura, além da apresentação das 120 peças que compõe a mostra, acontecerá a exibição do Coral do Programa de Criança da Petrobrás, com aproximadamente 40 vozes. A Galeria está localizada na Rua José Aiube, 360, no bairro Fundinho. A visitação poderá ser feita até o dia 18 de outubro, de segunda a sexta, das 10h às 19h, com entrada franca.
A curadora Elizabeth Nasser, também se preocupou com o lado social do evento e abrirá o espaço para a visitação de crianças de escolas públicas e privadas que terão a oportunidade de conhecer, estudar e desenvolver atividades baseadas no artesanato do Vale. A eles serão oportunizado palestras e vídeos sobre o tema e a região.
A mostra é patrocinada pela Petrobrás, pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e pelo Ministério da Cultura e tem o apoio da Secretária de Estado Extraordinária para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas por meio do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene).
Enock Sacramento, crítico de arte e jornalista profissional chegou hoje, 17 de setembro, em Uberlândia para participar da finalização da montagem da Exposição do Artesanato do Vale do Jequitinhonha e ainda da abertura do evento que acontece nesta sexta-feira, dia 19 de setembro, às 20h30, na Galeria Elizabeth Nasser. Ele esteve, junto com a curadora, no Vale do Jequitinhonha, em expedição que selecionou as 120 peças que compõem a Exposição.
Autor de 12 livros sobre a arte brasileira, Enock Sacramento recebeu o prêmio Gonzaga Duque, de melhor crítico de arte em 2004 pela Associação Brasileira de Críticos de Arte. Participou da Comissão de Seleção e Premiação de mais de 100 Salões de Arte, prefaciou cerca de 200 catálogos de exposições e publicou aproximadamente 800 artigos na imprensa. Entre seus livros, destaque para “Ismael Nery” (Casa das Artes, São Paulo, 1996), “Sacilotto” (Orbital, São Paulo, 2001), “O Universo Fantástico de Jesus Santos” (Eletrobrás, São Paulo, 2005), “Renée Lefèvre” (CSN, São Paulo, 2006), “Fang Sumiê” (CMS Energy, São Paulo) e “10 Artistas do Brasil” (BNP PARIBAS (2006).
Ocupou numerosos postos em instituições culturais inclusive o de membro titular do Conselho de Desenvolvimento Cultural do Estado de São Paulo (1996-97) e da Comissão de Averiguação e Avaliação de Projetos Culturais da Prefeitura Municipal de São Paulo (1996-2001).
Foi presidente da Associação Paulista de Críticos de Artes na gestão 1983-1985 e pertence à Associação Brasileira de Críticos de Arte e à Association Internationale des Critiques d’Art, ONG reconhecida pela UNESCO e com sede em Paris.
A Exposição de Artesanato do Vale do Jequitinhonha tem o patrocínio da Petrobras, da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e do Ministério da Cultura e o apoio da Secretária de Estado Extraordinária para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas por meio do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene).
Por Enock Sacramento – Membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte
Ir a Vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais, para o desenvolvimento este projeto foi para mim uma expedição de reencontro com minha infância e adolescência e de encontro com uma das manifestações mais peculiares da cultura brasileira: o artesanato que se produz lá. Para atingir esta região de aproximadamente 85 mil quilômetros quadrados, banhada pelo rio Jequitinhonha e seus afluentes, com cerca de l milhão de habitantes, partimos de Montes Claros, onde fiz o curso secundário, passando por Francisco Sá, onde nasci. Atingimos Araçuaí passando por Salinas, onde se produz a cachaça Havana, uma das melhores do país.
Em Araçuaí tivemos o primeiro contato com o artesanato da região na Associação dos Artesãos de Araçuaí, constituída por uma loja e um setor administrativo. Tudo muito simples. Numa das paredes, porém, uma cartolina com um “Plano de Ação 2008”, manuscrito, com registros em colunas - O quê?, Por quê?, Quem?, Como?, Quando?, Quanto que denota organização e cidadania. O governo está interessado no desenvolvimento da região e facilitou nosso trabalho. Visitando associações de artesãos e ateliês particulares, acompanhados por Maurício, do IDENE, percorremos centenas de quilômetros em estradas asfaltadas e de terra batida. O contato com vários artesãos do Vale do Jequitinhonha, inclusive através do programa Receptivo Familiar / Turismo Solidário, nos permitiu reunir mais de 120 peças do artesanato do Vale, principalmente cerâmicas, para esta exposição, e fazer pesquisa e reflexão sobre o tema.
O artesanato, que se diferencia da arte pela semelhança entre as peças produzidas, pertence, na concepção de Octávio Paz, a um mundo anterior à separação entre o útil e o belo. É ainda o pensador mexicano quem coloca o artesanato, “palpitação do tempo humano”, entre “o tempo sem tempo do museu e o tempo acelerado da técnica”. O artesanato estabelece um distanciamento entre os produtos industriais, que perseguem a igualdade, e os produtos artísticos propriamente ditos, que têm um compromisso com a desigualdade, embora se aproximem pelo viés da linguagem.
Mario de Andrade faz uma observação interessante em relação ao artesanato e a arte: “Artista que não seja bom artesão, não é que não possa ser artista; simplesmente ele não é artista bom. E desde que vá se tornando verdadeiramente artista, é porque concomitantemente está se tornando artesão”. O verdadeiro criador não negligencia jamais o “savoir faire”, embora o pratique naturalmente, informado e formado pelo conhecimento e pela experiência.
Falamos com muitos artesãos a maior parte mulheres - nesta incursão ao Vale do Jequitinhonha. Em Santana do Araçuaí, estivemos com Dona Isabel Mendes da Cunha, 84 anos, uma das pioneiras na criação de esculturas em cerâmica no Vale. Contou me que sua mãe era paneleira e que aprendeu com ela o ofício da cerâmica. Um dia, todavia, começou a fazer figuras humanas, principalmente noivas, que ganharam com o tempo um estilo pessoal que influenciou toda uma geração de ceramistas no Vale. De certa feita, sua mãe, lhe perguntou: “Quem foi que lhe ensinou a fazer estas bonecas, menina?” Isabel respondeu: “Não sei não, mãe. Eu acho que foi Deus.” Isabel é uma artista.
Nesta sexta-feira, 19 de setembro, o Coral do Programa de Criança da Petrobras, com cerca de 40 vozes, se apresenta em Uberlândia durante a abertura da Exposição de Artesanato do Vale do Jequitinhonha, na Galeria Elizabeth Nasser, localizada na Rua José Aiube, 360, no bairro Fundinho.
O Programa de Criança da Petrobras é um projeto social mantido pela REGAP – Refinaria Gabriel Passos e existe há 19 anos. Seu objetivo é colaborador na construção da cidadania das 250 crianças atendidas, com idade entre 7 e 12 anos, das comunidades localizadas no entorno da indústria nas regiões de Ibirité (MG) e Betim (MG).
O Programa envolve os participantes em atividades que contribuem para a formação pessoal e na aquisição de conhecimentos e hábitos. A prática da música contribui no processo do trabalho em uma perspectiva artística que oportuniza a expressão e a comunicação numa atitude de busca coletiva articulando a emoção, a sensibilidade, a interação e edificação de uma relação de confiança através do grupo de canto formado.
A exposição de Artesanato do Vale do Jequitinhonha é uma realização da Mandala Assessoria e tem como curadora Elizabeth Nasser. Será composta por 120 peças destacando o tradicional artesanato da região do norte de Minas Gerais. O evento tem o patrocínio da Petrobras, da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e do Ministério da Cultura e o apoio da Secretária de Estado Extraordinária para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas por meio do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene).
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Poucos experimentaram tanto quanto eu, e de modo tão profundo, a sensação arrebatadora, de ruptura, de desligamento da minha própria realidade cultural e social ao viajar pelas Minas Gerais, em busca de cidadezinhas encravadas no sertão, especificamente no Vale do Jequitinhonha. Lá estão artesãos que buscam no solo seco a matéria-prima com a qual produzem peças já reconhecidas nacional e internacionalmente. Ali pude perceber que a arte – sobretudo a cerâmica – nasce de condições próprias, de uma visão do mundo mais intuitiva, mágica, amorosa. Lá não se constrói uma obra partindo da preocupação de fazer novidade. Essa experiência arrebatadora marcou profundamente minha vida e me impressionou o fato de que a mulher geralmente é o carro-chefe dessa tradição- a de moldar o barro, de conduzir o fazer tradicional desses habitantes do Vale do Jequitinhonha. E há também a tecelagem, o talhar a madeira que, como a cerâmica, convertem o objeto criado em signo autônomo, em objeto diferenciado.
O artesão molda a obra, marca a sua presença, afirma-se como ser humano. O resultado de suas criações surpreende. As cores, formas e motivos nos mostram que, mesmo repetidos, em todas elas, em seus traços bem marcados, percebemos a insurreição contra a pobreza, a feiúra, a falta de perspectiva da vida no sertão. Em todas elas a suavidade e o olhar marcante lhes conferem a originalidade que as diferencia umas das outras e de outras criações da cultura popular.
Pretendi, com este projeto, aprovado pelo Ministério da Cultura, patrocinado pela Petrobras e pela Companhia Brasileira de Mineração (CBMM) e apoiado pela Secretaria Extraordinária para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri do Norte e Nordeste de MG (IDENE), mostrar que a procura do típico é um dos meios de afirmação da identidade nacional e, com a exposição, levar o espectador ao encantamento com as surpreendentes criações expostas. Desejo, ainda, despertar no público a percepção de que a mesma natureza que impõe duros rigores à vida das pessoas oferece inspiração e matéria-prima para a criação de peças elaboradas de acordo com normas e valores estéticos específicos. O artesanato selecionado para a exposição mostra tratar-se de uma estética popular, que precisa ser objetivamente encarada como ela é, e não de acordo com teorias preconcebidas. Estética que se baseia mais em temas amáveis, em cenas do cotidiano.
Ao deixar o Vale, senti como me senti ao deixar a África: aqui como lá há pobreza, não miséria; um povo miserável não tem tanta beleza, tanta emoção artística, tanta sensibilidade para expressar."
Elizabeth Nasser
A equipe da curadora Elizabeth Nasser está em plena produção e iniciou a montagem da Exposição Artesanato do Vale do Jequitinhonha que será aberta no dia 19 de setembro e poderá ser visitada até o dia 18 de outubro na Galeria Elizabeth Nasser, localizada na Rua José Aiube, 360, no bairro Fundinho, com o patrocínio da Petrobras. A visitação poderá ser feita das 10h às 19h, com entrada franca.
A exposição, que será composta por 120 peças selecionadas pela curadora e pelo crítico de arte e escritor Enock Sacramento em recente expedição ao Vale do Jequitinhonha, apresentará o artesanato de renomados artistas como Dona Isabel de Santana do Araçuaí, Ulisses Mendes de Itinga, Deusani de Campo Buriti, Amadeu e Mercia de Ponto de Volantes, Marcelo Brant de Diamantina e artesões de Minas Novas, entre outros.
Além da arte o evento terá seu lado social e beneficiará crianças de escolas públicas e privadas que terão a oportunidade de conhecer, estudar e desenvolver atividades baseadas no artesanato do Vale. A eles serão oportunizado também palestras e vídeos sobre o tema.
O evento tem também o patrocínio da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e do Ministério da Cultura e o apoio da Secretária de Estado Extraordinária para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas por meio do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene).